sábado, 19 de março de 2011

As gatas borralheiras da vida

Acho graça às mulheres que se convencem que são umas coitadas, as vítimas. Mentem a si próprias, para não ver que são elas quem estão mal e, assim, torna-se outra pessoa o vilão da história. Neste caso, a "madrasta malvada".
Depois, apregoam mundos e fundos, prometem-nos uma pessoa que não são, até elas próprias pensarem que o são. E sofrem, muito, com as infelicidades das suas vidas, conhecem as amarguras e dificuldades desta mesma, acreditam. E nós também! Trabalham como escravas em prol dos outros, não têm direito a nada de bom, a um pequeno privilégio, isto para não falar da completa falta de privacidade e de todas as satisfações que devem ao "big boss". E ao fim do dia quando vão dormir só lhes espera um chão frio e metafórico, claro.
E nós temos pena, preocupamo-nos e sentimos frustração, uma vontade de fazer algo mais. Mas não está em nosso poder mudar nada; não vamos raptar as gatas borralheiras de quem não lhes faz bem, quando elas têm os seus próprios pés e cabeça para lhes dar uso. Mas não, elas não vão mudar nada, porque de tanto mentirem a si próprias, a mentira tornou-se, quase numa verdade e convencem-se coitadas, que estão bem e o mundo está mal, muito muito mal. E conformam-se com as suas realidades, porque na Disney a Cinderela também aguentou, esperou, foi uma mártir e, no fim, o seu princípe chegou, para lhe salvar. Mas, infelizmente para elas, a Disney apenas fala de mundos fantásticos e o nosso de fantástico, só tem a incrível estupidez de muita gente.

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